Confesso que pensei bastante antes de trazer o tema “amamentação” para o nosso diário de uma mãe de primeira viagem. Por que? Bem, primeiro por não ser do tipo xiita, ou seja, que acredita em um único jeito como sendo o certo e que precisa ser incutido em todos. Segundo, por saber que esse é um assunto polêmico, cheio de nuances delicadas e, ao menos no quesito maternidade, não gosto de polêmicas.
Porém, como este espaço é para tratar da minha experiência pessoal e, assim como eu sempre quis ser mãe, eu também sempre quis amamentar, afinal meu exemplo vinha do berço, pois mamei até depois dos dois anos. Além disso, meus irmãos também foram muito bem amamentados e depois pude ver minhas amigas e minha irmã darem esta tamanha prova de amor aos seus filhos.
Claro que o fato de não amamentar, por qualquer motivo que seja, não faz da mulher menos mãe, ou quer dizer que ela ame menos seu bebê, mas, sem dúvidas, a doação da amamentação é extremamente profunda. Ao olhar meu pequeno no peito é como se, cada vez, eu lhe desse novamente a vida, o que de fato é, já que o meu leite o faz crescer forte e saudável, dia a dia.
Fácil? Não mesmo!
Ainda na maternidade recebi o apoio da equipe de enfermagem, o que foi essencial, já que meu Felipinho não pegou o peito logo de primeira. Foram três dias de tentativas, erros, frustrações e medo, até que, finalmente, ele pegou direitinho. Foi também no terceiro dia que meu leite veio e, contrariando expectativas, mesmo com mamas pequenas, tenho leite suficiente. Lembrando que, nesse caso, tamanho não é mesmo documento, afinal somos fábrica e não estoque das Casas Bahia, hahahaha…
As primeiras três semanas foram muito complicadas. Muita dor… O pequeno cheio de fome e mamando muito… Temor de meu leite ser “fraco” e ter que inserir um complemento, coisa que eu não queria, e até ter ouvido que seria isso ou o bebê “passar fome”. Pode isso?! Mas, graças a Deus, meu amor e força de vontade, apoio do meu marido – que ficou ao meu lado dando força e incentivando – e também a uma santa pomadinha, Lansinoh (vou fazer review dela depois, simplesmente maravilhosa), pude vencer, realizando meu desejo de mantê-lo só na amamentação até os seis meses. Já estamos chegando ao quarto mês, ou seja, quase lá.
Também não é fácil a reeducação alimentar. Sempre comi bem, mais ainda durante a gravidez, mas abrir mão de certos alimentos não é fácil, especialmente os que contém lactose, já que esse foi o único jeito de vencermos as cólicas, além do meu amado chocolate. Mas querem saber? Tudo vale a pena! Tudo!!!
Confesso aqui também minha grande satisfação: ouvir da pediatra, mês a mês, que ele está crescendo forte e “vamos continuar só no peito”. Me sinto uma verdadeira atleta, ganhando uma medalha olímpica, hahaha… Coisas de mães e que só elas me entenderão.